Uma coca-cola, uma folha, uma lapiseira e uma música
tocando no fundo, era o bastante para Clara, fugir da realidade.
Simples, simpática, engraçada e tímida.
Características que as pessoas diziam sobre ela. Uma mulher que batalhava
sempre por suas coisas, era dedicada, era amável com as pessoas, e tinha um
certo "apego" por crianças, quando via uma criança já se derretia
toda. Com seus 20 anos e carinha de 15, Clara assustava muitas pessoas com sua
personalidade, forte e difícil de se lidar.
Era daquelas que queria um amor para vida toda,
uma casa pequena e aconchegante, alguém para ela chamar de "meu
amor". Ela era uma mulher de fases, ficava sorrindo a toa uma hora, mas
depois de meia hora ela poderia estar querendo quebrar tudo e todos na sua
frente. Ela podia ser uma bobinha, mas quando pisava no pé dela, ela se
transformava, da "princesa pra bruxa da história".
O que Clara tinha de diferente de outras
pessoas? Nada. Ela era normal. Mulher daquelas românticas de filmes, daquelas
que gostaria de receber uma flor por dia, que gostava de ganhar bombons e que
se pudesse entrava na igreja no dia do seu casamento de charrete, com cavalos
brancos, escrevia inúmeras cartas e gostava de receber muitas também. Clara sonhava com aquele príncipe, aquele que pudesse tratar ela como
ela merecia, ela tava cansada de otários na vida dela, que faziam chorar e ser
quem ela não era.
Clara era aquela mulher que ao andar na
rua chamava atenção, faziam grupos de homens se calarem, faziam motoqueiros
virarem a cabeça e sempre ouvia uma assobiada ou buzinada, loira, magra, saudável,
sorriso estampado no rosto, estilo único, olhos claros... Uma mulher diferente
de muitas, que não gostava de atitudes assim de homens, sua autoestima ficava
boa,mas preferia coisas mais românticas e menos vulgares.
Ela sonhava, e botava fé que um dia ainda
iria encontrar alguém na lanchonete que sempre ia, naquela lanchonete que
passava horas escrevendo ou lendo. Ah Clara, nem havia sentido o amor ainda,
mas acreditava que era a coisa mais pura que há, também achava que teria seus
lados negativos, mas acima de tudo saber que seria amada era o sonho dela.
Afinal, amor é isso, na alegria e na tristeza.
Dia 08/01/2013 “Então ele entrou, sim meu príncipe,
olhos castanhos escuros, cabelo moderninho escuro, uma cor do pecado, um jeito
de andar marrentinho, uma cara de boyzinho, um olhar maldoso, uma boca deliciosa, mãos de
homens. Ah, é ele, finalmente achei meu príncipe, foi naquela lanchonete, foi
num dia chuvoso, não poderia ser mais romântico, mas ele conseguiu, pediu licença
e se sentou ao meu lado, me deu um beijo suave no rosto e já conquistou meu
coração. Meu príncipe, e eu a princesa dele, e assim sempre será.”.
Ps: Olá queridos leitores, me perdoem pela ausência aqui, mas ando muito ocupada, mas decidi que vou voltar, vou encaixar tudo ao meu tempo, obrigada a todos que estão me apoiando e que sempre estão aqui, beijos.